Joana foi fruto de uma relação estranha entre seus pais. Sua mãe era muito jovem e naquela época era muito feio ser mãe solteira, por isso se casaram.
Pouco tempo depois que Joana nasceu, a relação deles adoeceu, e morreu. Desde então seu pai comparecia apenas uma vez por mês, em forma de uma boa quantia de dinheiro depositada em sua conta no banco. Sua mãe tinha como prioridade buscar uma nova relação pra curar a ferida aberta da primeira, e Joaninha, tadinha, cresceu carente de tudo que o dinheiro não podia comprar.
Ela queria alguém, mas ela queria tanto, que dava até pena.
Procurava demais, grudava demais, exigia demais, até que a pessoa se cansava e ela aceitava as migalhas só pra não ficar sozinha, estava sempre se dedicando demais e recebendo "de menos".
Assim como sua mãe, precocemente, Joana foi mãe, e nunca mais pode dizer que era sozinha. Porém seu sonho de formar uma família, continuou sendo apenas um sonho.
Eu gostava de ouvir Joana, sabe?! Suas loucuras, suas expectativas... Mesmo quando eram surreais demais e me obrigavam a dizer a ela umas verdades que a deixavam muito chateada.
Penso muito nela quando me frustro, afinal, se uma pessoa que sempre deu tanto amor e nunca foi amada tem coragem de continuar acreditando no amor, eu tenho obrigação de ter fé também.
Mas vale lembrar que, pra certas coisas, qualquer ex-namorado serve, e a mulher que se apaixonar mais de uma vez por carência, merece (e vai) sofrer muito. Vide Joana.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
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