Acordei super disposta sem sono nenhum. Tenho tempo pra um belo café da manhã e isso garante a disposição para o resto do dia. Moro de frente pro mar, numa casa de cerquinhas brancas com três gatos persas. Assim que entro em minha BMW conversível, dirigida pelo Jude Law, chego em cinco minutos onde eu quiser... Trânsito? O que é isso?
Tive dois filhos lindos, nenhum deles nasceu de parto normal, mas também não nasceram de cesárea. Todos nasceram com 100 anjos da guarda que nunca permitem que eles batam a cabeça ou façam amizades erradas. Eles amam salada, tocam piano e jamais tem febre ou cólica.
Não ouço sons estridentes de vozes sem razão, nem críticas infundadas ou julgamentos tolos. Nas ruas foram instalados auto-falantes gigantes que reproduzem John Mayer, Matchbox 20, Lifehouse e Alanis, 24 horas por dia.
Meu cabelo não está caindo por causa do estresse - Estresse, o que é isso? - Eu lavo e saio com ele molhado mesmo. Minha pele está linda e uniforme, dispensando qualquer tipo de corretivo facial.
Percebi que não preciso controlar minha compulsão por doce de leite e nutella, pois quanto mais eu como mais definido fica meu corpo. Falando nisso, me deu uma fome... Acho que vou convidar alguém pra jantar. Mas quem? São tantas as opções... Ah, tá... Hoje quero o Selton Mello, só preciso lembrar no bolso de qual dos 500 vestidos do meu closet está o bilhetinho que ele me mandou na noite passada com seu telefone.
Elvis, meu semi-persa preferido, tomou uma vacina que o fará viver por mais 95 anos e todas as vezes que ele faz cocô, o cocô vira estrelinhas azuis que saem voando pela noite estrelada, e eu nunca mais precisei abaixar e catar toda aquela merda com um saquinho furado.
Todas as pessoas deslumbradas, limitadas e estúpidas com as quais tive que conviver durante um tempo muito longo da minha vida, foram transferidas para a terra-do-nunca-mais-apareça-na-frente-da-ludy-amém.
Meu relacionamento é aberto, mas só do meu lado, me apaixono todos os dias e nunca sofro.
E ele? Oxe! Há muito tempo ele sumiu no mundo, e eu cai na vida. Ele tomou aquele laxante mágico, sabe? E graças a Deus, foi junto.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O homem mais canalha do mundo
Um dia desses, nessa rotina desregrada de imendar uma festa na outra em plena segunda-feira, o conheci. Já conhecia sua fama, claro. Se tratava do homem mais canalha do mundo. Mas quem poderia ser mais interessante que ele naquele momento, em que tudo que eu não queria era me apegar a alguém!?
Ele veio falar comigo. Me ofereceu bebida... Aceitei, claro! Eu precisava de muita coragem.
Do alto de sua absurda e dolorosa beleza, foi tirando nota oito e meio em todos os quesitos. Devolveu uma besteira à altura, conhecia frases pessimistas perfeitas, cantadas hilárias, e num dia em que tudo parecia perdido conquistou meus sorrisos mais sinceros.
Aos 45 do segundo tempo, trocamos um único beijo, telefones e confissões, e eu lembro que, apesar de estar com muito sono, cansaço e desesperançosa com a vida, fiquei tentando descobrir o que um homem com tantas opções ao redor e os olhos azuis mais lindos que eu já ví, tinha visto numa garota bem mediana, careta e exigente, de rasteirinha e trança, num de seus dias de menor brilho.
No dia seguinte, recebo uma ligação. Ele só queria explicar que foi direitinho pra casa e garantir não ter passado nenhuma má impressão.
Foi então que resolvi pedir ajuda, como um homem tão canalha poderia ser tão fofo? Mas ele conseguia, era canalha e fofo, lindo e interessante, divertido, imprevisível e charmoso. Extremamente perigoso. Sincero demais.
O jogo segue, a sorte está lançada. Tá tudo ali escancarado. Não há segredos, nem expectativas.
Amigas sinceras relatam antecedentes. Amigas cautelosas alertam. E eu?!
Eu percebi que me apaixonei pelo homem mais canalha do mundo. Só pra - inocentemente - provar que o homem que amo não era tão canalha assim.
Ele veio falar comigo. Me ofereceu bebida... Aceitei, claro! Eu precisava de muita coragem.
Do alto de sua absurda e dolorosa beleza, foi tirando nota oito e meio em todos os quesitos. Devolveu uma besteira à altura, conhecia frases pessimistas perfeitas, cantadas hilárias, e num dia em que tudo parecia perdido conquistou meus sorrisos mais sinceros.
Aos 45 do segundo tempo, trocamos um único beijo, telefones e confissões, e eu lembro que, apesar de estar com muito sono, cansaço e desesperançosa com a vida, fiquei tentando descobrir o que um homem com tantas opções ao redor e os olhos azuis mais lindos que eu já ví, tinha visto numa garota bem mediana, careta e exigente, de rasteirinha e trança, num de seus dias de menor brilho.
No dia seguinte, recebo uma ligação. Ele só queria explicar que foi direitinho pra casa e garantir não ter passado nenhuma má impressão.
Foi então que resolvi pedir ajuda, como um homem tão canalha poderia ser tão fofo? Mas ele conseguia, era canalha e fofo, lindo e interessante, divertido, imprevisível e charmoso. Extremamente perigoso. Sincero demais.
O jogo segue, a sorte está lançada. Tá tudo ali escancarado. Não há segredos, nem expectativas.
Amigas sinceras relatam antecedentes. Amigas cautelosas alertam. E eu?!
Eu percebi que me apaixonei pelo homem mais canalha do mundo. Só pra - inocentemente - provar que o homem que amo não era tão canalha assim.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Bem-vinda, insegurança.
Que se foda o amor próprio. A gente acorda, se arruma pra viver e a vida parece meio assim, metadinha.
Se já é dificil resistir a algo que estampa a mente e os desejos, imaginem então algo que estampa os jornais, revistas, sites e conversas informais entre os amigos numa reuniãozinha de buteco. Eu não sou fraca, sua presença é que continua forte demais. E quando ela se materializa então... São dias auto-controle conquistado jogados pela janela.
Durante aquele abraço de quatro braços bem envolvidos, passou uma vida na minha cabeça, mas como não se resolve uma vida no tempo de um abraço preferi calar e apenas sentir seus quilos a mais, sua falta de jeito...
Ele me pergunta se ainda sofro, fazemos cara de dor e mudamos de assunto. Concordamos que o vício pela paixão é estúpido, mas só eu acho que conviver solitariamente com nosso umbigo é desumano, então, melhor deixar tudo como está.
Voltei a roer unhas. Bem-vinda, insegurança.
Vou vivendo como se não me importasse, mas os reflexos são nítidos no meu dia-a-dia. E essa vontade de almoçar um X-tudo? De que adiantou a promessa de trocar os elevadores por escadas?
Eu ando confusa, eu ando com medo e afasto as pessoas. Todos os caras bonitos e interessantes que se aproximam me provocam uma reação de repulsa, ao melhor estilo "Vá ser bonito e interessante assim na PQP!", o ruim é que eles vão.
É como se eu não fosse dona da minha vida, como se algo ainda me impedisse de toca-la.
Ele sabe de tudo isso, usa isso a seu favor, me olha com aquela carinha banal de "me espera só mais um pouquinho", querendo me congelar enquanto confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu, e sempre volta. Só que agora é tarde, pois deixei de ter pena de mim por estar sem ele e passei a ter pena dele por estar sem mim. Coitado.
Tá bom, não é bem assim... Não sei quanto tempo vai demorar pra tudo isso ser realmente verdade, mas garanto que mesmo que ele me peça desculpas não vai passar minha vontade de socar o seu nariz. Sua sorte é que seu nariz é tão lindo que eu fico só na vontade.
Se já é dificil resistir a algo que estampa a mente e os desejos, imaginem então algo que estampa os jornais, revistas, sites e conversas informais entre os amigos numa reuniãozinha de buteco. Eu não sou fraca, sua presença é que continua forte demais. E quando ela se materializa então... São dias auto-controle conquistado jogados pela janela.
Durante aquele abraço de quatro braços bem envolvidos, passou uma vida na minha cabeça, mas como não se resolve uma vida no tempo de um abraço preferi calar e apenas sentir seus quilos a mais, sua falta de jeito...
Ele me pergunta se ainda sofro, fazemos cara de dor e mudamos de assunto. Concordamos que o vício pela paixão é estúpido, mas só eu acho que conviver solitariamente com nosso umbigo é desumano, então, melhor deixar tudo como está.
Voltei a roer unhas. Bem-vinda, insegurança.
Vou vivendo como se não me importasse, mas os reflexos são nítidos no meu dia-a-dia. E essa vontade de almoçar um X-tudo? De que adiantou a promessa de trocar os elevadores por escadas?
Eu ando confusa, eu ando com medo e afasto as pessoas. Todos os caras bonitos e interessantes que se aproximam me provocam uma reação de repulsa, ao melhor estilo "Vá ser bonito e interessante assim na PQP!", o ruim é que eles vão.
É como se eu não fosse dona da minha vida, como se algo ainda me impedisse de toca-la.
Ele sabe de tudo isso, usa isso a seu favor, me olha com aquela carinha banal de "me espera só mais um pouquinho", querendo me congelar enquanto confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu, e sempre volta. Só que agora é tarde, pois deixei de ter pena de mim por estar sem ele e passei a ter pena dele por estar sem mim. Coitado.
Tá bom, não é bem assim... Não sei quanto tempo vai demorar pra tudo isso ser realmente verdade, mas garanto que mesmo que ele me peça desculpas não vai passar minha vontade de socar o seu nariz. Sua sorte é que seu nariz é tão lindo que eu fico só na vontade.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Não se pode dedicar a alma a acumular tentativas.
Da série - Músicas que falam por mim:
Assistam >>> http://www.youtube.com/watch?v=WAAU50Z1oeI
"Não, não tente se desculpar.
Não volte a insistir.
Os pretextos já existiam antes de você...
Não, não me olhe como antes.
Não fale no plural.
A retórica é sua arma mais letal.
Vou te pedir que não volte mais.
Sinto que você me dói ainda aqui... Dentro.
E que na sua idade já saiba bem o que é, partir o coração de alguém assim.
Não se pode viver com tanto veneno.
A esperança que me dá o seu amor, ninguém mais deu.
Te juro, não minto...
Não se pode viver com tanto veneno.
Não se pode dedicar a alma a acumular tentativas.
Pesa mais a raiva que o cimento.
Espero que não espere que eu te espere depois dos meus 26:
...Minha paciência esgotou.
E vou desfolhando margaridas, olhando sem olhar...
Para ver se assim você se irrita e se vai!"
(Shakira - No)
Assistam >>> http://www.youtube.com/watch?v=WAAU50Z1oeI
"Não, não tente se desculpar.
Não volte a insistir.
Os pretextos já existiam antes de você...
Não, não me olhe como antes.
Não fale no plural.
A retórica é sua arma mais letal.
Vou te pedir que não volte mais.
Sinto que você me dói ainda aqui... Dentro.
E que na sua idade já saiba bem o que é, partir o coração de alguém assim.
Não se pode viver com tanto veneno.
A esperança que me dá o seu amor, ninguém mais deu.
Te juro, não minto...
Não se pode viver com tanto veneno.
Não se pode dedicar a alma a acumular tentativas.
Pesa mais a raiva que o cimento.
Espero que não espere que eu te espere depois dos meus 26:
...Minha paciência esgotou.
E vou desfolhando margaridas, olhando sem olhar...
Para ver se assim você se irrita e se vai!"
(Shakira - No)
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