Desde ontem a noite carrego em mim uma vontade louca de ser verborrágica, bancar a louca e falar tudo que está entalado aqui. Ser transparente como água e objetiva como os homens. Resumindo, me deu vontade de ser honesta. Mas a honestidade trás um ônus que no fundo não sei se estou pronta pra carregar. Traz o fim da questão sem todo o meio de campo... E não sei se quero.
É como tirar um peso dos ombros e por outro na cabeça.
Sou do signo de libra e nada equilibrada. Sou direta. Franca. Não sei fazer média nem mentir. E exijo o mesmo das pessoas. Não gosto de meias-palavras ou meias-verdades. Talvez eu seja, sim, o oposto daquilo que você espera de mim. Sou hiperativa ao extremo. Gosto de bichos. Não gosto de muitas pessoas. Minha vida é desalinhada. Dirijo como um homem e choro como uma criança.
Talvez eu mereça mais que isso.
Talvez meu jeito estúpido de amar as pessoas ao meu redor não seja suficiente. Talvez eu precise começar do zero e aprender a amar. Aprender a viver como se diz no manual. Sou temperamental. Aprendi com as aves: Não gosto de ser incomodada sob o risco de eu te dar uma bicada e arrancar seu dedo fora. Gosto da liberdade, mas adoro companhia.
Obs.: Sigo a risca a frase "melhor só do que mal acompanhada".
Não sou a melhor pessoa para te dizer se a festa foi boa, porque já disse que não tenho mais idade (mental) nem saco pra micareta.
Não sei mais paquerar ou fazer joguinho de “não te quero só pra você me querer”.
Não preciso que me queiram pra massagear meu ego. Tá mais que claro pra mim, todos os elogios do mundo não tem 1% da importância que um certo elogio que eu costumava receber tinha. Tenho foco.
Já que o meu mundo é 50% virtual, considero que a melhor coisa inventada recentemente foi o bloqueio. Tá enxendo? Block. Tá se achando? Block. Doeu pra você? Engraçado, pra mim não.
Espero que esse texto não esteja parecendo aqueles perfis rídiculos de orkut, onde meninas sem criatividade fazem listas: "eu amo: chocolate, baladas, amigos... eu odeio: falsidade, dia de chuva..."
Só quero deixar bem claro algumas coisas para quem realmente pensa que me conhece.
Vez em sempre me dou broncas, me odeio, faço as pazes comigo cantando alto no chuveiro que inunda a casa inteira. Deixo a casa uma zona, estrago comida, permito que as flores morram, sujo o sofá de iogurte e assisto a um filme besta sem me preocupar com a opinião alheia. Isso sim é vida e começo a achar que é difícil enjoar de mim, basta ser um pouco humano.
Tenham um pouco de paciência comigo vai, é só uma fase em que estou exigente e acho tudo um porre. Um grandessíssimo porre. De vez em quando, no meio do porre, a gente arruma alguém pra fazer uma coceguinha no nosso coração. Mas aí, depois da coceguinha, a vida volta ainda mais tosca. E tudo volta um porre ainda maior.
Porque ninguém se mantém interessante ou mágico pra sempre?
A gente espera, lá no fundo do coração perdido, soterrado e cansado, que a vida compense de alguma maneira. E a gente ganha dinheiro, compra roupa, aprende novas piadas, entra de cabeça em novos projetos, só pra que a vida compense em algum momento. Só pra ganhar a coceguinha no coração. Coração burro, tadinho. Que preguiça desse coração burro.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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3 comentários:
Verbalizar emoções é reforçar a personalidade e a forma de pensamento. Desabafos, críticas, idéias devem ser ditos sem medo e sem receio.
E ainda creio que nossos corações sempre procuram a saída inteligente, mesmo não parecendo. Ótimo post.
Adorei o textooo..adoro tudo que vc escreve...rsrs
Qual será o desfecho dessa novela hein?rsrs
beijos
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