quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Racional

Que feliz coincidência, cê jura que é ele? Destino.
Ele era interessante, ele era seu número, ele era um problema.
O verdadeiro Don Juan com precendentes de canalha, o suficiente para você querer pagar pra ver.
Ele te pega te vira do avesso, isso é bom, mas só até o ponto em que revirar toca mais fundo doque deveria. Será sempre preciso estar com a pessoa errada para entender a falta que faz a pessoa certa?
E se tivesse entendido antes? Não faria diferença. Oras. A vida segue.
Abrace, suspire, relaxe, se mostre afim e se precisar até se permita ficar.
Tome uma ou duas doses, alimente as borboletas do seu estômago. Sim, elas ainda estão lá. Feche os olhos e imagine que aquilo pode ser pra sempre se for necessário para que você perca o medo, mas só naquela hora. Não queira demais, não queira que substitua, não espere nada para depois, apenas viva aquela hora, afinal, a vida segue.
Vista-se bem, queira encontrar, deseje-o, precisamos disso. Saiba da vida dele, encante-se com algo de sua história, fale um pouco sobre você - pouco, só as coisas boas - deixe que ele se encante também.
No dia seguinte não se sinta culpada, apenas arrume-se e saia. Não são necessárias despedidas nem juras de amor. Olhe se no espelho do carro e lembre-se da terapeuta que vive tentando te fazer entender que "nada é para sempre", absorva os bons momentos vividos baseada nisso. Sem mensagenzinhas de carinho ou e-mails fofos.
Não tente ocupar um coração ocupado, nem espere que te convençam.
O ser humano precisa realmente entender que a verdade necessária não deverá necessariamente lhe agradar.
Se depois de tudo isso ele não te deixar nenhuma saudade, parabéns, você finalmente conseguiu ser racional.

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