E foi assim, num dia que não prometia absolutamente nada que senti uma vontade louca de resolver situações. Era segunda-feira, dia mundial de começar coisas, mas eu só pensava em acabar com aquela situação insustentavelmente patética. Passei a tarde toda numa ansiedade louca, eram milhares de borboletas fazendo festa em meu estômago, e na cabeça o conflito entre a insegurança e a necessidade.
20h30, estava decidido, às 20h30 resolvo isso.
17 horas: Horário oficial do fim do meu expediente, pelo menos é o que consta no contrato. Realises precisavam ser refeitos, hora extra.
18 horas: Finalmente em casa. Sento em frente ao computador. Assuntos referentes ao TCC me prendem naquela posição até às 19h30.
19h50: Pós banho. Seco o cabelo. Não encontro aquela calça que eu queria, está pra lavar. Ter que repensar a roupa leva mais uma meia hora.
20h20: O jantar era importantíssimo, afinal não tinha almoçado. Com pressa derrubei sopa na roupa. Repensar a roupa pela segunda vez é demais para mim.
20h34: Amiga aparece no msn, ela já estava em casa, a prova acabou, eu estava atrasada. Parecia um sinal para eu desistir, mas entreguei nas mãos de Deus.
20h40: Finalmente pronta, mas cadê meu celular? LOST! Ligo nele para encontrar, estava no silencioso, embaixo da cama. Sem ele como avisar que estou lá, que finalmente cheguei? Não poderia sair sem.
20h50: 20 minutos atrasada. Arrumada. Celular na mão. Coragem. Abro a garagem, Elvis escapa.
21h: Gato guardado. Rua! Os pares são demorados demais, parei de parar. Velocidade máxima.
35 minutos atrasada. Alguns quase acidentes pra contar história. Cheguei na hora certa. Era pra ser. E lá estava você, mais lindo que nunca e com um sorriso que eu não pensava ver tão cedo. Pelo menos não direcionado a mim.
E no meio de tanta gente querendo provar coisas, após tantos desencontros você dá o desconto e só me escuta. E de repente, estou fazendo silêncio para escutar você. E, de repente, pela primeira vez, porque dessa vez sim é a sua vez, você diz algo e me sinto a maior tola do mundo, como se quisesse te mostrar que você conseguiu. E não temos mais dor de barriga e nem ódio e muito menos ânsia de vômito. Você não tem nada, você tem é uma massa que se mistura e sente tanto quanto eu, como todos que se anulam. Se anular, você vai descobrir, era só o que você precisava pra ser feliz. E eu acho que no fim compreendi e aprendi a respeitar seu egoísmo.
Você determinou o que é melhor pra nós nesse momento sem pedir minha opinião, e apesar de mais uma vez não ter resolvido nada me sinto em paz, me sinto bem.
Mas aí, daqui um mês você vai voltar. Querendo me ver como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro, e eu vou topar. Não porque seja uma idiota, porque não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida, simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
Sorria sempre, meu querido, cresça, e, mais do que isso, seja imensamente feliz. Porque felicidade é só um pouquinho daquilo que você merece. E nunca, nunca mais chore. Porque há pessoas que simplesmente não merecem suas lágrimas (eu). Boas férias.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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2 comentários:
Sinceramente, eu fiz parte deste dia mesmo você não contando. Tudo bem, mas são pequenos detalhes que a gente deixa pra gente entender mesmo
Quem diria que em apenas uma palavra eu conseguiria prever o que aconteceria naquela Segunda Feira?
"Vai com calma, porque eu sinto que ele vai te ouvir" - Mas foi exatamente o que aconteceu. Ele te ouviu... assuntos resolvidos e nada mais pendência a resolver.
Mas quem sabe na volta, depois de 1 mês longe, viajando e vendo coisas novas, a cabeça já começa a pensar diferente, talvez, a cabeça não volte ser aquela cabeça egoísta que nós conhecemos
Relaxa
Tô sempre aqui :)
vamcaípadentro
agradeço por ter nascido homem... todos os dias... é, eu tenho muita sorte mesmo.. todos os homens tem.. calça camiseta e cara na rua! salve o sexo masculino! rs
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